Amores, mais uma vez a loucura, crueldade e
odio assumem a vida deste ser chamado humano, não creio que
sejam, lutam em nome de Deus, mas o verdadeiro DEUS É AMOR, ou
seja, usam seu nome para justificar a intolerância e
vingança, e nisso não há DEUS!!!!!
Sei que este texto é um pouco longo, mas
cada palavra deve ser saboreada como uma resposta de DEUS, a
seus agressores e loucos, que se jugam donos DELE!!!!
QUE DEUS ABENÇOE, PROTEJA E AMPARE AS
FAMILIAS DE BARCELONA E CAMBRIL, E O POVO ESPANHOL, E ACIMA DE
TUDO QUE DEUS TENHA PIEDADE DESTES MONSTROS, POIS MEU DEUS É
BONDADE, AMOR E RESPEITO!!!
QUE DEUS NOS PROTEJA DESTES INSANOS,
AMEM!!!!
FAÇAMOS UMA ORAÇÃO, PARA QUE O MUNDO
TENHA UM POUCO DE AMOR, COMPREENSÃO E HARMONIA!!!!
EXCELENTE WKND CUTES AMADOS!!!!!
BOA LEITURA!!!!!!!
Malala Yousafzai e Kailash Satyarthi
receberam hoje, 10 de dezembro, em Oslo, o Prêmio Nobel da Paz. A
seguir, leia o discurso de Malala feito durante a cerimônia de
entrega do prêmio (tradução de Carlos Alberto Bárbaro).
* * *
Bismillah hir Rahman ir rahim.
Em nome de Deus, o mais misericordioso, o mais benévolo.
Excelentíssimas majestades, ilustres membros do
Comitê Nobel Norueguês, queridos irmãos e irmãs, hoje é um dia
de grande felicidade para mim. Aceito com humildade a escolha do
Comitê Nobel em me agraciar com este precioso prêmio.
Obrigado a todos pelo apoio e amor permanentes.
Sou grata pelas cartas e cartões que continuo a receber de todas as
partes do mundo. Ler suas palavras amáveis e encorajadoras me
fortalece e inspira.
Queria agradecer a meus pais por seu amor
incondicional. Agradecer a meu pai por não cortar minhas asas e me
deixar voar. Obrigado, mamãe, por me inspirar a ser paciente e falar
sempre a verdade — que acreditamos vigorosamente ser a verdadeira
mensagem do Islã.
Muito me orgulha ter sido a primeira pachtun,
a primeira paquistanesa e a primeira adolescente a receber este
prêmio. E tenho a certeza absoluta de ser também a primeira pessoa
a receber um Nobel da Paz que ainda briga com seus irmãos mais
novos. Eu quero que a paz se espalhe por todos os cantos, mas meus
irmãos e eu ainda estamos trabalhando nisso.
Muito me honra também dividir este prêmio com
Kailash Satyarthi, que vem lutando pelos direitos das crianças já
há muito tempo. Na verdade, pelo dobro do tempo que já vivi. Fico
feliz também por estarmos aqui reunidos demonstrando ao mundo que um
indiano e uma paquistanesa podem conviver em paz e trabalhar em prol
dos direitos das crianças.
Queridos irmãos e irmãs, recebi meu nome em
homenagem à pachtun Joana D’Arc, Malalai de
Maiwand. A palavra Malala significa “enlutada”, “triste”,
mas, tentando imbuir um pouco de alegria a ela, meu avô iria sempre
me chamar de “Malala — a garota mais feliz deste mundo”, e hoje
estou muito feliz de estarmos aqui reunidos por uma causa importante.
Este prêmio não é só meu. É das crianças
esquecidas que querem educação. É das crianças assustadas que
querem a paz. É das crianças sem direito à expressão que querem
mudanças.
Estou aqui para afirmar os seus direitos,
dar-lhes voz… Não é hora de lamentar por elas. É hora de agir,
para que seja a última vez que vejamos uma criança sem direito à
educação.
Tenho percebido que as pessoas me descrevem de
várias maneiras.
Algumas se referem a mim como a menina que foi
baleada pelo talibã.
Outras, como a menina que lutou por seus
direitos.
Outras, agora, como “a Prêmio Nobel”.
No que se refere a mim, sou apenas uma pessoa
dedicada e teimosa que quer ver todas as crianças recebendo educação
de qualidade, que quer a igualdade de direitos para as mulheres e que
quer que haja paz em todos os cantos do mundo.
A educação é uma das bênçãos da vida — e
uma de suas necessidades. Essa tem sido a minha experiência pelos
dezessete anos em que vivi. Em minha casa, no vale Swat, no norte do
Paquistão, eu sempre adorei a escola e aprender coisas novas.
Lembro-me que quando minhas amigas e eu enfeitávamos nossas mãos
com hena para as ocasiões especiais, em vez de desenhar flores e
padrões nós pintávamos as mãos com fórmulas e equações
matemáticas.
Tínhamos sede de educação porque o nosso
futuro estava bem ali, naquela sala de aula. Nós sentávamos e
líamos e aprendíamos juntas. E amávamos vestir aqueles uniformes
escolares limpos e bem passados e sentar ali com grandes sonhos em
nossos olhos. Queríamos que nossos pais se orgulhassem de nós e
provar que poderíamos nos destacar nos estudos e realizar algo, o
que algumas pessoas pensam que somente os meninos podem fazer.
Mas as coisas mudam. Quando eu tinha dez anos,
Swat, que era um recanto de beleza e turismo, de repente se
transformou em um lugar de terrorismo. Mais de quatrocentas escolas
foram destruídas. As meninas foram impedidas de frequentar a escola.
As mulheres foram açoitadas. Pessoas inocentes foram assassinadas.
Todos sofremos. E os nossos belos sonhos se transformaram em
pesadelos.
A educação passou de um direito a um crime.
Mas com a mudança repentina de meu mundo,
minhas prioridades também se modificaram.
Eu tinha duas opções, a primeira era
permanecer calada e esperar para ser assassinada. A segunda era
erguer a voz e, em seguida, ser assassinada. Eu escolhi a segunda. Eu
decidi erguer a voz.
Os terroristas tentaram nos deter e atacaram a
mim e a minhas amigas em 9 de outubro de 2012, mas suas balas não
podiam vencer.
Nós sobrevivemos. E desde aquele dia nossas
vozes só fizeram se erguer mais altas.
Eu conto a minha história não porque ela seja
única, mas principalmente porque não é.
Hoje, eu conto as histórias delas também. Eu
trouxe comigo para Oslo algumas das minhas irmãs, que compartilham
esta história, amigas do Paquistão, Nigéria e Síria. Minhas
valentes irmãs, Shazia e Kainat Riaz, que também levaram tiros
comigo naquele dia em Swat. Elas também passaram por esse trauma
trágico. Também a minha irmã Kainat Somro, do Paquistão, que
sofreu violência e abuso extremos, até mesmo seu irmão foi
assassinado, mas não sucumbiu.
E há meninas comigo que eu conheci durante
minha campanha do Fundo Malala, que agora são como minhas irmãs.
Minha corajosa irmã Mezon, da Síria, de dezesseis anos, que
atualmente vive na Jordânia, em um campo de refugiados, indo de
tenda em tenda para ajudar meninas e meninos a aprender. E minha irmã
Amina, do norte da Nigéria, onde o Boko Haram ameaça e rapta
meninas simplesmente por elas quererem ir para a escola.
Embora na aparência eu seja uma menina, uma
pessoa com um metro e cinquenta e sete de altura, contando com os
saltos altos, eu não sou uma voz solitária, eu sou muitas.
Eu sou Shazia.
Eu sou Kainat Riaz.
Eu sou Kainat Somro.
Eu sou Mezon.
Eu sou Amina.
Eu sou aquelas 66 milhões de meninas que estão
fora da escola.
As pessoas gostam de me perguntar por que a
educação é importante, especialmente para as meninas. A minha
resposta é sempre a mesma.
O que eu aprendi da leitura dos dois primeiros
capítulos do Alcorão Sagrado foram as palavras Iqra,
que significa “leitura”, e nun wal-qalam
que significa “pela caneta”.
Assim, como eu disse no ano passado nas Nações
Unidas: “Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem
mudar o mundo.”
Hoje, em metade do mundo testemunhamos acelerado
progresso, modernização e desenvolvimento. No entanto, há países
onde milhões ainda sofrem dos antiquíssimos problemas da fome, da
pobreza, da injustiça e de conflitos.
Na verdade, lembramos em 2014 que um século se
passou desde o início da Primeira Guerra Mundial, mas ainda não
aprendemos todas as lições que surgiram da perda daquelas milhões
de vidas de cem anos atrás.
Ainda há conflitos em que centenas de milhares
de pessoas inocentes perdem suas vidas. Muitas famílias passaram a
ser refugiados na Síria, em Gaza e no Iraque. Ainda há meninas que
não têm liberdade para ir à escola no norte da Nigéria. No
Paquistão e no Afeganistão vemos pessoas inocentes sendo mortas em
ataques suicidas e explosões de bombas.
Muitas crianças na África não têm acesso à
escola por causa da pobreza.
Muitas crianças na Índia e no Paquistão são
privadas de seu direito à educação por conta de tabus sociais, ou
forçadas ao trabalho infantil e, no caso de meninas, a casamentos
infantis.
Uma das minhas melhores amigas da escola, da
mesma idade que eu, sempre foi uma menina corajosa e confiante, que
sonhava um dia se tornar uma médica. Mas seu sonho continuou a ser
um sonho. Aos doze anos ela foi forçada a se casar, tendo um filho
logo em seguida, numa idade em que ela própria era ainda uma criança
— apenas catorze anos. Eu sei que a minha amiga teria sido uma
médica muito boa.
Mas ela não pôde… porque era uma menina.
Sua história é a razão pela qual eu dedico o
dinheiro do Prêmio Nobel para o Fundo Malala, para ajudar a dar
às meninas de toda parte uma educação de qualidade e convocar os
líderes a ajudar meninas como eu, Mezun e Amina. O primeiro lugar
para onde esse financiamento será aplicado é lá onde reside meu
coração, para construir escolas no Paquistão — especialmente na
minha terra natal de Swat e Shangla.
Na minha própria aldeia ainda não existe uma
escola secundária para meninas. Eu quero construir uma, para que
minhas amigas possam ter uma educação e a oportunidade que isso
traz na realização de seus sonhos.
É por lá que irei começar, mas não é por lá
que irei parar. Vou continuar esta luta até ver todas as crianças
na escola. Eu me sinto muito mais forte depois do ataque que sofri,
porque eu sei que ninguém pode me parar, ou nos parar, porque agora
somos milhões, lutando juntos.
Queridos irmãos e irmãs, grandes pessoas que
trouxeram mudanças, como Martin Luther King e Nelson Mandela, Madre
Teresa e Aung San Suu Kyi, que passaram todos por este palco, espero
que os passos que Kailash Satyarthi e eu percorremos até aqui, e que
ainda daremos nessa jornada, também tragam mudança — mudança
duradoura.
Minha grande esperança é que esta seja a
última vez que tenhamos que lutar pela educação de nossos filhos.
Queremos que todos se unam em apoio a nossa campanha para que
possamos resolver isso de uma vez por todas.
Como eu disse, já demos muitos passos na
direção certa. Chegou a hora de dar um salto.
Não é mais o caso de convencer os governantes
do quão importante é a educação — isso eles já sabem, seus
próprios filhos estão em boas escolas. A hora agora é de
convocá-los a agir.
Pedimos aos líderes mundiais que se unam para
fazer da educação a sua principal prioridade.
Há quinze anos, os líderes mundiais chegaram a
um consenso sobre um conjunto de metas globais, os Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio. Nos anos que se seguiram, testemunhamos
alguns progressos. O número de crianças fora da escola foi reduzido
à metade. No entanto, o mundo se concentrou apenas na expansão do
ensino fundamental e o progresso não chegou a todos.
No próximo ano, em 2015, representantes de todo
o mundo se reunirão na Organização das Nações Unidas para
decidir sobre o próximo conjunto de metas, os Objetivos para o
Desenvolvimento Sustentável. Isto irá definir a ambição do mundo
para as gerações vindouras. Os líderes devem aproveitar essa
oportunidade para garantir uma educação fundamental e secundária
gratuita e de qualidade para cada criança.
Alguns dirão que isso é impraticável, ou
muito caro, ou muito difícil. Ou mesmo impossível. Mas é hora de
pensar grande.
Queridos irmãos e irmãs, o chamado mundo dos
adultos pode compreender isso, mas nós, as crianças, não. Por que
os países que chamamos de “fortes” são tão poderosos em criar
guerras, mas tão fracos em trazer a paz? Por que fornecer armas é
tão fácil, mas doar livros é tão difícil? Por que fabricar
tanques é tão fácil, mas construir escolas é tão difícil?
Vivemos na era moderna, o século XXI, e
passamos a acreditar que nada é impossível. Chegamos à Lua e
talvez em breve pousaremos em Marte. Então, neste século, temos de
insistir em que o nosso sonho de uma educação de qualidade para
todos também se torne realidade.
Por isso deixem-nos levar igualdade, justiça e
paz para todos. E não apenas os políticos e os líderes mundiais,
todos precisamos contribuir. Eu. Vocês. É nosso dever.
Ao trabalho, então… sem esperar.
Apelo às crianças como eu a levantar-se em
todo o mundo.
Queridos irmãos e irmãs, que nos tornemos a
primeira geração a decidir ser a última [a ficar fora da escola].
As salas de aula vazias, as infâncias perdidas,
o potencial desperdiçado — que tudo isso se encerre conosco.
Que esta seja a última vez que um menino ou uma
menina desperdice sua infância em uma fábrica.
Que esta seja a última vez que uma garota seja
obrigada a se casar na infância.
Que esta seja a última vez que uma criança
inocente perca a vida na guerra.
Que esta seja a última vez que uma sala de aula
permaneça vazia.
Que esta seja a última vez que se diga a uma
menina que a educação é um crime e não um direito.
Que esta seja a última vez que uma criança
permaneça fora da escola.
Que comecemos nós a encerrar essa situação.
Que sejamos nós a dar um fim a isto.
Que comecemos a construir um futuro melhor,
aqui, agora.
Obrigada.
* * * * *
Em outubro de 2012, Malala
Yousafzai foi perseguida pelo Talibã e atingida na
cabeça por um tiro quando voltava de ônibus da escola.
Contrariando as expectativas, ela sobreviveu e agora continua
sua campanha por educação por meio do Fundo Malala, uma organização
sem fins lucrativos de apoio educacional em comunidades ao redor do
mundo. Sua história de luta pela educação é contada no livro Eu
sou Malala, em co-autoria com a jornalista
Christina Lamb, que ganhará uma edição juvenil em 2015 pela
Editora
Seguinte.
Amores, vamos imaginar um cor rosa envolvendo nosso planeta, numa corrente de amor faremos uma oração pedindo proteção para nós, nossa família e nosso planeta tão sofrido e castigado com guerras, fome e a pior das pestes;
a intolerância e o preconceito
Que Deus nos abençoe, Nossa Senhora Aparecida nos cubra com seu manto e São Miguel Arcanjo
nos proteja sempre!!!!!!!!!!!!!
Amen!!!!
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