A
cada dia que passo, mais me remeto a Alemanha, pós primeira
guerra, quando discursos de ódio tomaram conta de uma
esquizofrenia contagiante, perseguindo judeus, negros, homossexuais
e ciganos, extermínio de 6 milhões de judeus, ainda não
bastaram para que aprendessem a lição…
Meu
Brasil baronil, minha terra de palmeiras, em breve o sabiá
não cantará mais, pois irão estrangular seu canto…
Tempos
de escuridão está chegando, onde um ignorante, misogeno,
racista e machista se acha no direito a tudo, menos a se dar
ao respeito e respeitar…
A
missa de sétimo dia será na semana que vem, pelo Brasil…
Será
que este déspota e desequilibrado vai querer tirar nossa
padroeira, Nossa Senhora por ser negra e mulher ????
Apenas
leiam tais relatos;
São
10 correspondências de judeus que viriam a ser mortos pelos
nazistas. Na exposição virtual é possível ver a versão
manuscrita de cada carta e também a história da família envolvida
naquela correspondência.
Em
geral, são mensagens entre parentes, com palavras de afeto, avisando
que estavam bem ou noticiando acontecimentos familiares em várias
partes da Europa.
Mas
há também planos de fuga ou palavras contra os nazistas.
Foram
escritas em seis idiomas diferentes: alemão, francês, iídiche,
holandês, ladino e polonês.
Abaixo,
o Nexo selecionou alguns trechos das cartas que fazem parte da
exposição virtual de 2018.
Trechos
das 10 cartas
“O
principal é: não se preocupem comigo. Minha saúde vai bem e meu
moral não está nada mal (...) Cuidem da saúde e das esperanças.
Agora eu vivo só pelo dia em que vamos estar juntos novamente (...)
Saibam que tudo isso não vai demorar muito mais” Rosette Bomblat
francesa, em 10 de junho de 1943, de Drancy (França). Ela viria a
morrer depois no campo de Auschwitz
“Querida
Berthe, Já é o dia quatro. Estou agora no vagão, nós estamos
certamente viajando para a Alemanha. Também tenho certeza que vamos
trabalhar. Somos cerca de 700 pessoas, 23 vagões (...) Eu espero,
minha filha, que você receba todas as minhas cartas. Se puder,
guarde-as como lembrança. Querida Berthe, estou anexando dois
bilhetes de loteria. Eu não tenho um jornal, acho que vou conseguir
escrever uma carta para tia Paula. Eu espero, minha filha, que você
saiba como se comportar como uma pessoa livre, mesmo que você esteja
sem seus pais agora. Não esqueça que você precisa sobreviver, e
não esqueça de ser uma judia e também um ser humano” Aron
Liwerant polonês, em 3 de março de 1943, de um trem de deportação
na França. Ele viria a morrer no campo de Majdanek
“Agradecemos
de coração pelas suas palavras. Espero que vocês sejam pais
felizes. Nós dois estamos bem. Sem notícias dos nossos queridos.
[Nossa filha] Gerda está feliz que vocês estejam bem. Beijos, mamãe
e papai” Erna Korn e Arnold Korn alemães, em 11 de fevereiro de
1943, de Berlim (Alemanha). Eles viriam a morrer no campo de
Auschwitz
“Como
todos vocês estão? Como vai o trabalho? Como é a vida no campo [de
concentração]? Imagino que melhor do que aqui [no gueto] (...)
Estou tão feliz que você [minha filha] recebeu nossas mensagens”
Berta Joschkowitz polonesa, em 28 de julho de 1943, de Bedzin
(Polônia). Ela viria a morrer no campo de Auschwitz
“Em
anexo você vai encontrar cartões de racionamento, dinheiro e um
relógio (que provavelmente não vão me deixar guardar, está novo,
mas um pouquinho danificado), um broche que ganhei de presente de
[meu marido e seu pai] Eil quando [sua irmã] Maxje nasceu, e uma
escova de dente. Estou feliz, minha [filha] querida, que você não
está conosco neste momento, e só espero que você possa ficar com
seus pais adotivos, que são tão bons para você, até que nós
voltemos, com a ajuda de Deus” Johanna Rosenbaum holandesa, em 26
de março de 1943, de Neede (atual Berkelland, Holanda). Ela viria a
morrer no campo de Sobibor
“Quanto
a Arthur, ele pode fazer isso [me ajudar a fugir do gueto]. Eu nem
preciso escalar o muro, posso passar por um cano de esgoto. Ele sabe
disso. É só a passagem pelos radiadores estar aberta e ele esperar
por mim. Não posso ficar no pátio durante o dia, quando ele
[alemães] está lá. Quando ele não estiver, dá para fazer
qualquer coisa. Você [minha filha] precisa falar com Arthur. Vou
tentar estar no pátio toda noite das 10 da noite às 10 da manhã”
Moshe Ekhajzer polonês, em abril de 1943, de Varsóvia (Polônia).
Ele viria a morrer no gueto de Varsóvia, na rebelião que levou ao
fim desse gueto
“Mamãe,
não fique brava por eu estar escrevendo tão pouco, o homem não
teve tempo para esperar. Mamãe querida, por favor mande lembranças
minhas para todo mundo” Rivka Folkenflick polonesa, em 28 de junho
de 1943, de Bilcze Zlote (Polônia, atual Ucrânia). Ela viria a
morrer a tiros horas depois de escrever essa carta
“Agora
são cinco horas da manhã, e para mim é um imenso prazer falar com
vocês [minha filha e meu genro]. Eu queria lhes contar algumas
coisas, mas não posso escrevê-las. Tudo o que eu posso dizer é que
vamos ficar longe por muito tempo. Passamos noites em claro pensando
nisso, mas estamos velhos o bastante para suportar essa vida difícil.
Não se esqueçam de nós” Elie Sides grego, em 5 de abril de 1943,
de Tessalônica (Grécia). Ele viria a morrer no campo de Auschwitz
“Querida
irmã, vou responder a suas cartas. Fugi da Lituânia, de Panevezys.
Deixei todo mundo em casa, mamãe e papai, no gueto, todo mundo. Me
sinto horrível por deixá-los nas mãos criminosas dos bandidos de
Hitler, e quem sabe o que vai acontecer com eles” Tuvia Grin
lituano, em 27 de agosto de 1943, de Balakhna (Rússia). Ele morreu
em localidade desconhecida enquanto lutava contra invasores alemães
“Eles
nos dizem o tempo todo para nos prepararmos para uma viagem longa.
[Meu irmão] Nissim, você precisa saber que estão nos transferindo
para um campo de concentração sem pão, sem nada, e estamos
sofrendo muito pela falta de pão e outras coisas. Nós recebemos só
uns 300 gramas de pão por dia e [sopa] czorba. Não nos deixam
comprar nada. Se você vier nos visitar, arranje pão e outras
coisas. Compre comida com o dinheiro que você tem (...) Não tenho
mais nada para escrever. Nós mandamos beijos e abraços para todos
vocês” Albert Kabili grego, em 17 de março de 1943, de Gorna
Dzumaja (atual Blagoevgrad, Bulgária). Ele viria a morrer no campo
de Treblinka ou afogado na travessia a barco na viagem até o campo,
não se sabe com exatidão
Amores, vamos imaginar um cor rosa envolvendo nosso planeta, numa corrente de amor faremos uma oração pedindo proteção para nós, nossa família e nosso planeta tão sofrido e castigado com guerras, fome e a pior das pestes;
a intolerância e o preconceito
Que Deus nos abençoe, Nossa Senhora Aparecida nos cubra com seu manto e São Miguel Arcanjo
nos proteja sempre!!!!!!!!!!!!!
Amen!!!!
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