Amores,
vamos começar esta semana abordando um assunto sério, que
existe as vezes embaixo de nosso nariz, não podemos aceitar
tal atrocidade com nossos filhos, primos, sobrinhos, netos ou
seja um amigo, informação nunca é demais.
Excelente
semana amores!!!!!!
Boa
leitura!!!!!
Da
separação a alienação parental
Numa
tarde de domingo, tinha eu dez anos, quando a minha mãe se sentou ao
meu lado no sofá da sala e começou a chorar, para me tentar contar
que o meu pai ia sair de casa e eles se iam separar. Perante aquela
informação, passaram-me muitas perguntas pela cabeça, mas fiquei
calado pois a minha mãe não parava de chorar e senti-me na
obrigação de tomar conta dela, abraçá-la e dizer que ia ficar
tudo bem. Mas não ia…!
Que
eles se iam separar não era novidade para mim, eu ouvia-os a
discutir no quarto há meses e meses, com insultos e ameaças de
separação. Depois de processar a informação que a minha mãe me
tinha acabado de dar, primeiro, fiquei chateado pelo facto do meu pai
não estar presente e não ter tido coragem para falar comigo sobre
isso.
Segundo,
o que realmente eu queria saber e ouvir era: “se fui eu o culpado?
”; “o pai deixou de gostar de nós?”; “como iria ser a minha
vida daí em diante ?”. As respostas a todas estas perguntas
apareceram, gradualmente, muito mais tarde e não da melhor forma
possível.
Aquilo
que pensava ser um tormento de discussões que naquele dia teria
terminado, era apenas uma ilusão porque a partir daí foi muito
pior! No início, pequenas atitudes inconscientes, da parte da minha
mãe, denunciavam o decorrer deste filme de terror. Atitudes como: no
momento de ir para casa do meu pai, a minha mãe ficava agarrada a
mim durante imenso tempo e dizia que se eu quisesse, ela ia buscar-me
a casa do pai.
Sem
ser propositado, era como se a minha mãe estivesse a dizer que o meu
pai não conseguia tomar conta de mim e que eu não ia gostar de
estar com ele. Quando eu voltava da casa do meu pai, a minha mãe
fazia-me muitas perguntas e todas as respostas que eu dava, ela
contra-argumentava: “já vi que gostas mais de estar com o
teu pai”. Estas pequenas atitudes, muitas vezes, inconscientes
por parte da minha mãe, foram tomando proporções desmedidas.
As
discussões pelo telefone aumentaram de tom, os insultos eram cada
vez piores e agora já era sobre mim, tudo na minha vida servia de
desculpa para eles discutirem, ainda mais do que antes da separação.
Durante cerca de um ano, ouvia a minha mãe chorar, ouvia a minha mãe
pronunciar frases do género: “o teu pai não quer saber de
nós”; “o teu pai não paga nada, sou eu que pago tudo!”; “ele
não quer saber de ti, só da namorada nova”; “o teu pai não
gosta de ti e por isso destruiu a nossa família”. Frases como
estas e outras bem piores repetiam-se vezes sem conta na minha
cabeça.
À
medida que o tempo foi passando fui construindo uma ideia totalmente
errada e deturpada do meu pai. Não queria estar com o meu pai com
medo de trair a minha mãe. Eu estava muito triste e confuso porque
toda aquela informação negativa sobre o meu pai não correspondia à
minha realidade.
Nos
primeiros tempos que estive sozinho com o meu pai aos fins-de-semana,
eu adorei: passeámos muito, ele fazia-me rir e estava sempre bem
disposto. Era uma sensação tão boa, que às vezes não queria
voltar para casa, desejava ficar mais tempo com o meu pai. Este
sentimento contrastava com toda a informação negativa da minha mãe.
Eu simplesmente era criança e não percebia o que a minha mãe, por
vezes também inconscientemente, me estava a fazer, a mim e a ela
própria.
Eu
vivi aquela tristeza com a minha mãe, como se o meu pai se tivesse
separado de mim também, como se o meu pai me tivesse trocado. Chorei
com a minha mãe, dormi com a minha mãe muitas noites para a
acalmar, por fim assumi o papel de pai e tomei conta dela.
Ao
final de um ano, a angústia apoderou-se de mim. Com esta
ambivalência de pensamentos e sentimentos comecei a baixar as notas.
Não tinha irmãos com quem compartilhar a minha dor, tinha medo de
cães por isso não havia companhia animal e tinha acabado de mudar
para uma escola nova onde ainda não tinha amigos porque passava os
intervalos sozinho a pensar em inúmeras coisas horríveis sobre mim
e sobre a vida.
Por
fim, chegou o dia em que a minha mãe me levou a uma Psicóloga, que
depois de avaliar o meu estado emocional resultante, segundo ela, de
uma possível alienação parental, falou com a minha mãe. A
minha Psicóloga deu uma oportunidade à minha mãe para mudar a sua
atitude e me colocar de novo em contacto com o meu pai. Foi um
percurso longo, até tudo voltar a acalmar. Hoje tenho 18 anos e
deixo vários conselhos a todos os pais que se estejam a pensar
separar:
No
momento de separação:
-
É importante que sejam os dois a falar;
-
Nós não queremos saber com pormenor o motivo da separação. Precisamos, isso sim, de informação reduzida e simplificada;
-
Queremos saber se fomos ou não os culpados;
-
Precisamos de ouvir que a separação é definitiva e vocês já não vão voltar mais a estar juntos;
-
Queremos ouvir que apesar de vocês se irem separar um do outro, não se vão separar de nós e vão continuar a gostar de nós;
-
Precisamos muito de saber como vai ser a nossa vida daí para frente: o que vai mudar?; quanto tempo vou passar com o pai?; como vão ser as férias e os aniversários?;
-
Por último: queremos que estejam disponíveis para esclarecer qualquer dúvida que ainda possamos ter.
Após
a separação:
-
Guardem para vocês todas as coisas más que pensam um sobre o outro. Para sermos felizes precisamos de construir uma imagem positiva dos dois;
-
Quando falarem mal um do outro, com alguém ou ao telefone, tentem garantir que nós realmente não estamos ou não conseguimos ouvir;
-
Não queremos servir de “espiões” da vida de cada um de vocês e por isso dispensamos perguntas detalhadas sobre o que fizemos em casa de cada um;
-
Tudo o que está relacionado com o dinheiro, entendam-se! Quando somos pequenos, nós não precisamos saber se o pai ou mãe não pagam o que devem;
-
Nós compreendemos a vossa dor e até vos podemos ajudar nas tarefas de casa, mas vocês já são grandes para tomarem conta de vocês próprios emocionalmente, não precisamos de viver a vossa tristeza. Temos o direito de viver a nossa própria tristeza e também, precisamos de tempo para nos adaptarmos a esta nova situação;
-
Por fim, quando tiverem outra pessoa na vossa vida – namorada(o), antes de nos apresentarem, tenham a certeza de que há uma forte possibilidade de dar certo. Não precisamos de conhecer todos os vossos namorados(as) porque: não vamos querer dar confiança a uma pessoa que não sabemos se vai ou não desaparecer da nossa vida; deixamos de confiar em vocês; e sobretudo, porque deixamos de acreditar no amor!
Joana
Colaço -
Psicóloga
com o mestrado em psicologia educacional, formação em terapia
cognitiva e comportamental com crianças e adolescentes,
pós-Graduação em neuropsicologia entre outras formações. Vive em
Portugal. As crónicas têm o intuito de partilhar com os pais,
professores e todos os interessados, aquilo que pode ser o ponto de
vista de algumas crianças/adolescentes sobre os mais diversos temas
e problemas do mundo que os rodeia.
Amores,
vamos imaginar um cor rosa envolvendo
nosso planeta, numa corrente de amor faremos
uma oração pedindo proteção para nós, nossa
família e nosso planeta tão sofrido e
castigado com guerras, fome e a pior das pestes;
a
intolerância e o preconceito
Que
Deus nos abençoe, Nossa Senhora Aparecida nos
cubra com seu manto e São
Miguel Arcanjo
nos
proteja sempre!!!!!!!!!!!!!
Amen!!!!
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